Barata Formiga Rato Cupim Pulga Broca Aranha Escorpião Carrapato Mosca Mosquito Vespa Pombo Morcego Traças Caramujo Percevejos Grilos

Baratas

As baratas representam uma praga com grande capacidade de adaptação e resistência, podendo viver em qualquer ambiente que ofereça abrigo e alimento. Apesar de não serem vetores de doenças, as baratas podem disseminar mecanicamente uma variedade de patógenos, como bactérias, vírus e esporos de fungos, causando principalmente gastrenterites e surtos diarréicos. As espécies mais comuns no meio urbano são a Periplaneta americana (Barata de esgoto, voadora ou grande) e Blatella germânica (Barata pequena, alemã ou francesinha).

Formigas

São insetos sociais (vivem em colônias) e ocorrem, praticamente, em todos os ambientes terrestres, exceto nos pólos. Todo ambiente natural, artificial e urbano pode ser colonizado e explorado por elas. Nos últimos anos, várias espécies têm convivido com o homem em suas residências, causando incômodo. As formigas podem causar choques anafiláticos em pessoas sensíveis (alérgicas) à sua saliva ou ao veneno de espécies com ferrão. Podem danificar aparelhos eletrônicos e, em hospitais, podem afetar diretamente a saúde pública, por transportarem microorganismos patogênicos, atuando como vetores de algumas doenças.

Rato

Os ratos são extremamente prolíficos, resistentes e têm grande capacidade de reprodução. São considerados um problema de saúde pública em todos os continentes. Os ratos provocam inúmeros prejuízos ao homem. Além da transmissão de doenças (leptospirose, tifo, peste bubônica, febre hemorrágica, para citar apenas algumas), ainda podem provocar danos em fios, cabos de máquinas e instalações elétricas e telefônicas. As espécies mais comuns no meio urbano são Rattus norvegicus (Ratazana), Rattus rattus (Rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (Camundongo).

Cupim

Um inimigo silencioso e invisível que consome seu patrimônio e seus investimentos. Os cupins atacam edificações (casas e prédios empresariais e residenciais), consumindo madeira (armários embutidos, guarnições, móveis fixos), celulose de livros e roupas. Invadem o imóvel, vindos do solo e se espalham pela construção, estabelecendo colônias dentro da estrutura. A colônia de cupins é uma sociedade complexa estrategicamente escondida. Os principais gêneros de cupins subterrâneos são: coptotermes e heterotermes. O controle de cupins subterrâneos não é fácil, nem simples como se imagina.

Pulga

São pequenos insetos pertencentes à ordem siphonapteros que não têm asas, são achatados, de coloração escura e patas longas, adaptadas para saltar. Estes insetos se alimentam de sangue, parasitando vários animais através de um aparelho bucal com capacidade de perfurar e chupar. Podem ser vetores de várias doenças, como peste bubônica, tufo murino, leptospirose, etc. As fêmeas adultas botam ovos, que se transformam em larvas quando encontram boas condições ambientais que, por sua vez, empupam para se transformarem em adultos. Os ovos e pupas são “impermeáveis“ a inseticidas, cuja ação se restringe às larvas e aos adultos da pulga. Por isso, a maior parte do controle doméstico desta praga não tem sucesso.

Broca

As brocas de madeira são besourinhos que se alimentam de madeira, cujos ovos são depositados em peças e estruturas de madeira em geral. Ao eclodirem, as larvas iniciam sua alimentação realizando galerias na peça de madeira infestada e expelindo um pó fino oriundo desta atividade. Quando cessa o aparecimento do pó, a larva completou seu desenvolvimento e se prepara para se tornar um indivíduo jovem. Após algumas semanas ou meses (conforme a espécie), emerge o adulto e o ciclo de vida continua.

Aranha

Ciclo de vida
A reprodução das aranhas é sexuada. Apresentam dimorfismo sexual e presença de bulbo copulador nos machos (localizado nas extremidades dos pedipalpos). Os ovos são fertilizados no momento da postura e ficam armazenados numa espécie de bolsa elaborada com fios de seda, denominada ooteca. A fêmea permanece junto à ooteca até o momento da eclosão. Em muitas espécies, após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem no dorso da mãe até sofrerem a primeira ecdise. As aranhas sofrem ecdises durante seu desenvolvimento até chegarem à maturidade, e algumas fêmeas de caranguejeiras sofrem ecdise anualmente, mesmo depois de adultas. O tempo de vida varia para cada espécie, desde alguns meses até alguns anos.
Principais espécies e danos
Os danos mais graves ao ser humano estão relacionados à picadas, principalmente provocadas por aranhas-marrons. O Brasil possui quatro principais tipos de aranhas venenosas, classificadas como de interesse médico, e a soroterapia é ministrada como antídoto à picada. As aranhas de teia e as caranguejeiras não representam tanto perigo ao homem, as primeiras, por não provocarem acidentes, não serão descritas a seguir. Porém, vale citar que elas possuem hábitos sedentários, permanecem em sua teia que serve de armadilha para captura de alimento, já que seu veneno tem pouca potência.

Escorpião

Há registros científicos que comprovam a existência de escorpiões há 400 milhões de anos. Atualmente, já estão catalogadas cerca de 1600 espécies e subespécies, distribuídas em 116 gêneros diferentes em todo o mundo. No Brasil, os escorpiões de importância médica e também para controle de pragas pertencem ao gênero Tityus, das espécies Tityus serrulatus (ESCORPIÃO-AMARELO) e Tityus bahiensis (ESCORPIÃO-PRETO OU MARROM), pois são as que mais atacam o homem. O escorpião-amarelo é o mais venenoso, encontrado na região Sudeste, e de maior incidência no Paraná, Bahia e sul de Goiás. Já o escorpião-preto, é encontrado da Bahia ao norte da Argentina, Mato Grosso do Sul e Paraguai.
Danos
As picadas são responsáveis pelos acidentes mais graves, e a do escorpião-amarelo é a mais perigosa. São picadas muito doloridas e podem provocar diversos sintomas, até letais em alguns casos, principalmente em crianças menores de 7 anos.

Carrapato

Carrapato, carraça ou chato é um artrópode da ordem dos ácaros, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças, como a febre maculosa.

Mosca

Cada uma destas pragas tem sua especificidade e exige um método adequado de controle. Atualmente, há produtos mais eficientes e seguros, empregados com técnicas modernas e métodos de microecologia aplicada.

Mosquito

São insetos pequenos da ordem díptera, conhecidos popularmente como pernilongos ou muriçocas. São potencialmente transmissores de várias doenças, dependendo da espécie, como dengue, malária, febre amarela, filariose, etc. Depositam seus ovos em água parada, corrente e até em água limpa. Destes ovos eclodem larvas que permanecem vivendo na água até se transformarem em adultos. As larvas se transformam em pupas que vivem na água, mas não se alimentam. As pupas se transformam em adultos que têm hábitos noturnos, porém a sua presença incomoda a qualquer hora do dia.

Vespas

São várias as espécies, porém a mais conhecida é o marimbondo-caçador, também conhecido como vespão. Os adultos alimentam-se de néctar das plantas e picam dolorosamente. Há marimbondos (vespas) solitários, facilmente reconhecidos pela coloração preta com manchas amarelas. Há espécies sociais que fazem ninhos em locais abertos, presos a galhos, sob telhados ou qualquer outro local protegido. Algumas espécies constroem seus ninhos no chão.
As operárias alimentam as larvas com proteína animal (geralmente insetos). Os adultos alimentam-se de néctar obtido das flores. Fabricam seus ninhos de papelão cinza, fabricado com fibras obtidas de madeira decomposta.

Pombo

Os pássaros, principalmente os pombos, são aves comuns em quase todas as cidades brasileiras. São animais protegidos por legislações específicas de preservação ambiental e alimentados por milhares de pessoas. No entanto, podem trazer vários problemas ao ser humano, como desgaste de estruturas prediais, sujeira em residências, prédios, indústrias e fábricas, além de provocar doenças como salmonelose e infestação de piolhos, ácaros e pulgas.

Morcego

Característica comum aos quirópteros é que suas extremidades anteriores estão organizadas em braço, antebraço e mão, constituída por 1 polegar de tamanho pequeno e 4 dedos bem alongados. As extremidades posteriores também são adaptadas para o vôo. Esses membros anteriores estão interligados por uma membrana chamada patágio, com uma dupla camada de pele. O morcego Megachiroptera apresenta uma unha no segundo dedo, orelhas pequenas, simples e destituídas de trago, alguns indivíduos podem chegar a até 1,2 m de envergadura. A orientação é baseada na visão, memória e olfato. Já o Microchiroptera, não apresenta unha, as orelhas são complexas e com trago, sua capacidade de ecolocalização é bastante desenvolvida e o menor representante mede cerca de 29 cm de comprimento e o maior até 1 m de envergadura.
O morcego só não habita locais muito frios ou muito quentes, e algumas ilhas muito isoladas. Possuem hábitos crepusculares e noturnos, vivem em grupos e utilizam como abrigo cavernas, frestas em rochas, forros e sótãos, porões, edificações, folhagens e copa de árvores, construções abandonadas, vãos de dilatação de prédios, cisternas e poços. Seus hábitos alimentares variam conforme a espécie: onívoros, frugívoros, nectarívoros ou polinívoros, folívoros, ranívoros, insetívoros, carnívoros, piscívoros e, finalmente, os hematófagos.
Principaeis espécies e danos
Ao contrário do que se pensa, a maioria dos morcegos são benéficos ao meio ambiente, ao se alimentarem podem disseminar sementes, polinizar flores e controlar populações de insetos. Os morcegos que causam algum dano ao homem são os hematófagos, pois ao sugarem o sangue da presa podem transmitir a raiva. Eles atacam os animais domésticos, e são raros os casos de ataque ao homem, quando ocorre é para defender-se. Vários estudos realizados detectaram que diversas espécies de morcegos, mesmo não sendo hematófagos, apresentam o vírus da raiva. Geralmente, os morcegos, em ambiente urbano, causam bastante medo e incômodo às pessoas, seja pelos mitos que envolvem os morcegos ou por sua aparência e hábitos.

Traças

As traças podem ser consideradas importantes pragas em áreas urbanas, pois infestam roupas, papéis, tapeçarias, estofados, livros, frutas secas, grãos ou outros alimentos armazenados, e muitos outros produtos manufaturados ou não. Na área urbana identificam-se três grupos distintos, reunidos em duas ordens: o grupo formado pelas traças-dos-livros ou traças-prateadas, pertencentes à ordem Thysanura; e o grupo formado pelas traças-das-roupas e as traças de produtos armazenados, pertencentes à ordem Lepidoptera.
Principais espécies e danos
Algumas traças adaptaram-se muito bem ao ambiente urbano, consideradas importantes pragas domiciliares, como a Lepisma saccharina. Em museus, bibliotecas, tecelagens, supermercados, hotéis e em muitos outros estabelecimentos comerciais, as traças devem ser monitoradas com rigor, evitando-se infestações severas e danos significativos. Outras espécies também encontradas no Brasil são a Acrotelsa collaris e a Ctenolepisma ciliata.

Caramujo

Também chamado de caramujo-gigante, caramujo-africano, caracol-africano, caracol-gigante, rainha-da-África ou acatina, esse molusco é nativo do leste e nordeste da África e foi introduzido no Brasil por volta de 1988, no Paraná, por criadores de escargot (Helix aspersa), que pensavam ter encontrado uma alternativa viável para seus negócios. As razões para esse investimento são simples: reprodução intensa, crescimento rápido e fornece mais carne que o escargot verdadeiro. Porém, os consumidores não apreciaram o sabor, a textura e o aspecto da carne. Os criadores, sem ter o que fazer, livraram-se dos caramujos despejando-os em rios, matas, terrenos baldios ou mesmo no lixo. O descarte inadequado, somado a suas características reprodutivas e adaptativas, foi a causa da sua inclusão na lista de pragas urbanas e agrícolas do Brasil.
Pricipais espécies e danos
São considerados internacionalmente como uma das 100 espécies invasoras mais perigosas, e no Brasil, uma das 5 espécies que mais apresentam perigo ao meio ambiente. Atacam e podem destruir plantações de diversas espécies e atacam também diversas espécies de plantas ornamentais e nativas. Além disso, são hospedeiros de dois vermes:
Angiostrongylus costaricensis – causador da angiostrongilíase abdominal, que provoca fortes dores abdominais, febre, perda de apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino e provocando hemorragias;
A. cantonensis – causador da meningite meningoencefálica humana, doença que causa, entre outros sintomas, distúrbios do sistema nervoso central, fortes e constantes dores de cabeça.
Os dois vermes podem ocorrer tanto no interior dos caramujos quanto no muco (secreção viscosa) que eles secretam para se locomover. Isso amplia os riscos de infestação no homem, que pode se contaminar com os vermes ou suas larvas ao ingerir o caramujo (alimentação), manusear o caramujo e levar a mão à boca, ingerir alimentos sem a correta higienização (frutas e verduras por onde o caramujo-gigante-africano tenha se deslizado).

Percevejos

Percevejo é o nome dado à diversos insetos hemípteros, subordem heteropteros. Suas asas anteriores são parcialmente endurecidas, membranosas nas pontas posteriores. A maioria é fitófaga (alimenta-se de sucos vegetais), porém alguns são hematófagos (alimentam-se de sangue). As ninfas são muito parecidas com os adultos, porém sem asas.
Os hemípteros hematófagos são transmissores de doenças ao homem, como por exemplo, o barbeiro.

Grilos

Gafanhotos, gafanhotos peregrinos, grilos e afins fazem parte da ordem ortóptera. Esta ordem é restrita de herbívoros. São insetos relativamente grandes, com o terceiro par de patas totalmente desenvolvidos e adaptados para o salto. Por possuírem aparelho bucal mastigador, podem causar sérios danos à vegetação, incluindo jardins e plantações e daí prejuízos ao homem. As espécies migratórias podem percorrer grandes distâncias em grupos de centenas de milhares de indivíduos.
O popular grilo doméstico é bem menor, se esconde em cozinhas e despensas das casas. Ali se alimentam de restos de comidas e até de outros insetos menores.
O grilo do campo fica em buracos no solo, saindo apenas para cantar e se alimentar.

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